Militante da UJS é eleito Coordenador Geral do DCE-UFPA

Apos a eleição do Diretório Central dos Estudantes da UFPA, que mobilizou mais de 7 mil jovens estudantes, uma nova diretória foi eleita para conduzir a entidade na próxima gestão. Jorge Lucas Neves, 22 anos é aluno de Ciências Sociais, militante e membro da direção estadual da UJS do Pará, foi conduzido pelo movimento "UFPA que Queremos" a ocupar a Coordenação Geral do DCE-UFPA, pelo campo de oposição . 1 - Queremos saber um pouco da sua vida militante, quando conheceu a UJS e como se tornou militante. Aliás, o que lhe motivou para militância? Vindo da cidade de Breves (Marajó), entrei na universidade no ano de 2008 para cursar Ciências Sociais, com um forte sentimento de tentar dar minha singela contribuição para a melhoria da realidade que me cercava. No ano seguinte, participei, pela primeira vez, de uma eleição de Centro Acadêmico, onde minha chapa foi eleita. Em 2010, mais uma vez venci, junto com outros camaradas valorosos, a eleição do CA de Ciências Sociais. Foi quando conheci a UJS e fui convidado à participar do CONEB/Bienal de Arte da UNE. A partir daí, me filiei e comecei a militar organicamente na entidade. Me tornei diretor de Assistência Estudantil do DCE-UFPA pelo campo de oposição, diretor de Universidades Públicas da União Acadêmica Paraense (UAP) e, em 2011, membro da executiva estadual da UJS, ocupando a pasta de diretor do núcleo da UFPA. 2- Qual balanço que a UJS do Pará faz sobre a eleição do DCE UFPA? Sem a menor sombra de dúvidas, o balanço foi muito positivo! Apesar de não termos conseguido a vitória eleitoral, obtivemos uma vitória política gigantesca. Conseguimos, junto com a outra chapa de oposição, ter 55% das diretorias do DCE! Pela primeira vez em quase uma década, setores retrógrados do Movimento Estudantil (leia-se PSOL e PSTU) serão minoria na condução dos trabalhos da entidade. Ou seja, a maior vitória nesse processo foi o fato de os estudantes mostrarem nas urnas que não estavam de acordo com o modo como a gestão do DCE estava sendo conduzida, que a entidade precisava de uma cara nova e de uma gestão que, verdadeiramente, representasse os estudantes e dialogasse com as novas demandas do ensino superior público. 3 - Você acaba de se indicado pelo Movimento UFPA que Queremos, da qual a UJS participa, para ser um dos dois novos coordenadores Gerais do DCE UFPA. Quais são as expectativas para a tarefa e quais os desafios que a nova gestão do DCE UFPA terá pela frente? As expectativas são as melhores possíveis! Temos a certeza de que com a política justa e acertada que a UJS, em aliança com setores progressistas do ME, defende para a melhoria da educação superior brasileira, faremos uma grande gestão. Sem esquecer, no entanto, dos desafios a serem superados ao longo da gestão, pois estamos lidando com setores oportunistas e conservadores que atuam dentro do ME da UFPA, que negam os avanços reais das políticas educacionais da última década e fazem um debate rebaixado sobre programas que mudaram para melhor a cara da Universidade Brasileira, como o REUNI e o PROUNI. A UFPA é hoje a segunda maior universidade pública do Brasil em número de alunos, possui o terceiro maior orçamento do estado e é referência em produção de conhecimento científico no norte e nordeste do Brasil. Paralelo a isso, ainda temos problemas que uma universidade desse tamanho e dessa importância não deveria ter acervos das bibliotecas ultrapassados, salas de aula sem ar-condicionado, falta de laboratórios, falta de professores em alguns cursos, protocolos e secretarias de faculdades que não funcionam no turno da noite etc., para citar apenas alguns dos principais problemas. E temos um problema ainda maior, que é o papel que a UFPA joga na resolução das demandas da população paraense, que acreditamos ainda ser pouco. Precisamos de uma UFPA que trabalhe o conhecimento científico em prol do povo, sobretudo dos mais necessitados, e de um DCE que fiscalize, que cobre, mas que também seja protagonista nessa luta. Necessitamos, também, reposicionar o DCE-UFPA como entidade legítima de representação estudantil e como referência na luta por uma sociedade mais justa e com iguais condições de acesso à educação superior pela juventude paraense, tanto dentro, quanto fora dos muros da universidade. Enfim, temos um trabalho árduo pela frente, mas com plenas condições de colocar essa gestão do DCE-UFPA no patamar mais elevado da última década. Fonte: UJS Nacional